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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Responsabilidade e felicidade




Recentemente assisti a este vídeo no site do TED do psicólogo americano Dan Gilbert (esta é uma versão sem legendas, quem quiser pode ir ao site do TED, lá eles tem legenda)

Uma pergunta feita logo no começo de sua palestra, e que eu mesmo já reproduzi com grupos em treinamento, é a seguinte: quem é mais feliz, alguém que ganhou na loteria, ou alguém que sofreu um acidente e ficou paraplégico?

Quer um tempo para pensar?

Um pouco mais talvez....

Pois bem, o que o doutor Gilbert descobriu com suas pesquisas é que na verdade o nível de felicidade médio destas pessoas um ano depois do fato, ganhar na loteria, ou perder a mobilidade das pernas, é o mesmo.

Ele afirma haver um “sistema imunológico” em nossa mente que nos protege e transforma as experiências, por mais dolorosas e adversas que possam ser, em algo positivo. 

Se pensarmos bem não é difícil encontrarmos exemplos disso na mídia, ou nas histórias de amigos, familiares, ou mesmo na nossa.

Pois bem, se não importa o que eu faça eu serei feliz, o que importa a responsabilidade das minhas escolhas?

Na verdade outra descoberta da pesquisa é que este “sistema” funciona melhor quando não temos outras escolhas.

E como excluir opções em um mundo em que temos infinitas possibilidades?

Aí é que entra a importância de fazermos escolhas conscientes e responsáveis, ou seja, estudando cuidadosamente as opções e aceitando as consequências dela.

E quando não há tempo para isso, saber que aquela foi sua escolha, independente de como tenha sido, a responsabilidade por ela continua sendo sua.

Em última análise a única coisa que pode ficar no caminho de nossa felicidade, ou de um estado de humor mais leve, são os sempre indesejados “e ses”. “E se eu tivesse ido à festa?” “E se eu tivesse comprado aquele carro?” “E se eu não tivesse aceitado aquela proposta de emprego?” “E se eu não tivesse perdido tempo lendo blgs metidos à besta na internet.....?”


Abraços e até a próxima.




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Pequena história sobre a responsabilidade









Mudanças

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Nós a Sociadade




Na maioria das vezes em que inicio, participo ou assisto uma discussão sobre a sociedade algo me incomoda profundamente.
E são várias as questões que me incomodam: o que é ético e o que está dentro da lei? As desigualdades que proporcionamos e produzimos e a vontade de ajudar os menos favorecidos. As pessoas reduzidas a números e a quantos números mais ela pode gerar.
O que traz esperança é que não sou o único a sentir o gosto amargo disso tudo, sou apenas um dos muitos que estão cada vez mais enjoados e enojados de ver tanta falta de respeito, tanta hipocrisia e tanto medo de fazer o certo.
Não sou exemplo nem tampouco o cara que faz tudo certo e que não sofre com arrependimentos e com os “e ses” e que vive a sonhar com maneiras mágicas de fazer tudo entrar nos eixos. Estou convencido de que não tenho as respostas e estou certo de que se alguém as tem deve estar tão louco quanto Darwin ao não querer apresentar sua teoria para o mundo(http://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Darwin).

Mesmo assim eu quero propor algo, ou melhor, quero sugerir uma pequena mudança no modo como falamos/pensamos a sociedade.

Já ouvi e falei um milhão de vezes: “A sociedade produz monstros com os quais não consegue lidar”, “As pessoas não se respeitam”, “Eles se comportam como animais no trânsito”.

O que proponho é algo simples e que apesar de simples desde que o adotei já perdi algumas noites de sono.

A mudança é dizer “nós”. Afinal de contas “nós” somos a sociedade e “nós” podemos ser as “pessoas” ou os “eles” para alguém.

Portanto: “Nós produzimos monstros com os quais não sabemos lidar”, “Nós não nos respeitamos” e “Nós nos comportamos como animais no trânsito”.

Somos todos produtos da sociedade e são as condições materiais deste mundo, que irão moldar nossa consciência, que irão influenciar as nossas ações e o nosso julgamento diante de um fato ou acontecimento. 

Porém, somos também produtores e parte ativa desta mesma sociedade. Influenciamos o comportamento dos outros à nossa volta e a nossa forma de julgar o outro irá influenciar o julgamento dos demais. Nós podemos simplesmente reproduzir algo, quando repetimos um discurso que já ouvimos um milhão de vezes sem nos questionar sobre o que ele significa, ou podemos produzir algo novo quando questionamos, nos indignamos, ou alteramos algo com o qual não concordamos. 

A responsabilidade pela mudança reside em nós mesmos e esta é nossa benção e nossa maldição.
Nós somos a sociedade. Nós somos o povo, nós fazemos parte desse mundo e somente nós podemos mudá-lo.

A estrada é longa, o caminho é deserto e o lobo mau se esconde aqui por perto. É, não é uma caminhada fácil, mas como diz Seth Godin em palestra feita no TED, “o que os seres humanos fazem é alterar o status quo” e este é um tempo de enormes mudanças. (http://www.ted.com/talks/seth_godin_on_the_tribes_we_lead.html)




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quarta-feira, 22 de abril de 2009

Pequena história sobre responsabilidade



A responsabilidade não é algo tão simples de se explicar ou de percebermos quando estamos envolvidos em uma situação. É sempre mais fácil acharmos um culpado, “um cristo”. Alguém que receba em seus ombros toda a carga de responsabilidade pelas coisas não estarem dando certo em nossa vida.

Achar este “cristo” é ótimo, dessa forma não temos que olhar as nossas próprias falhas, erros ou defeitos, precisamos apenas nos queixar. Por um lado isso é bom, reconhecer que somos falhos em alguns momentos ou que de alguma forma colaboramos para que as coisas não dêem certo em nossas vidas pode ser um processo muito doloroso. Por outro lado assumir a responsabilidade de nossas ações e escolhas pode nos dar mais força e tranquilidade. Quando assumimos a responsabilidade, tanto nos erros quanto nos acertos, tomamos as rédeas de nossas vidas nas mãos.

Quero contar algo que aconteceu comigo outro dia.

Era uma quarta-feira e eu estava sem dormir direito, sem comer direito e com um dia cheio pela frente. Mas irei focar em apenas em um destes compromissos. Buscar minha filha na casa dos meus pais e estar de volta em casa às sete horas da noite.

Irei deixar de lado os motivos do porque deste horário, mas era importante que ela estivesse em casa as sete. Por isso prometi a minha esposa que cumpriria o horário combinado. E aí está o problema. Eu e minha esposa, por razões que não interessam neste momento, entendemos o tempo de maneira um pouco diferente. Para ela sete horas, são sete horas. E para mim, sete horas podem ser sete, sete e quinze, ou como costumo dizer, sete e pouquinho. Já percebendo que eu iria utilizar o meu “relógio” para trazer minha filha no horário, ela ficou irritada comigo e eu, por meu lado, fiquei irritado porque, na minha cabeça ela não percebia que eu tinha uma porção de coisas para resolver.

Dessa forma lá fui eu. Durante boa parte do caminho, fui remoendo aquela raiva e pensando como ela era intransigente, como ela não olhava para mim e para as minhas necessidades e que a culpa de eu estar preso no trânsito infernal das seis horas era toda dela. Eu havia achado o meu “cristo”.

Porém, em determinado momento comecei a pensar que poderia ter feito diferente. E que fora eu quem assumira o compromisso de trazer a nossa filha para casa naquele horário. Fazer as coisas daquela forma havia sido uma escolha minha, e se estava preso no trânsito das ruas apertadas de São Caetano, era porque eu tinha escolhido assim. E já que eu havia escolhido dessa forma e que havia assumido aquele compromisso eu iria cumpri-lo, da melhor maneira possível. Então a raiva se dissipou e eu continuei o meu caminho.

Vejam, eu não deixei de estar cansado, estressado, mal alimentado e preso no trânsito. E tão pouco deixei de ter os meus compromissos. Eu apenas assumi a responsabilidade por meus atos. Isso me deu força e tranqüilidade para fazer o que eu me comprometi a fazer. Se por outro lado, eu tivesse continuado a por a culpa na minha esposa por toda aquela situação, isso poderia levar a uma briga e um mal estar desnecessário.

Resolvi citar este exemplo de algo corriqueiro para mostrar que podemos assumir a responsabilidade por nossos atos a todo momento, e não só em momentos chave de nossas vidas, como a escolha da profissão, a decisão de se casar, de ter filhos, de se separar, se aposentar, e tantas outras. É muito mais uma atitude que assumimos perante a vida.

É claro que não é fácil e nem acontece da noite para o dia, mas com esforço e constância as coisas vão ficando mais fáceis.

Para terminar a história, cheguei em casa as 07hs10 e depois de uma noite de caras fechadas, fizemos as pazes no dia seguinte.



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