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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Pensamentos




São pensamentos que vagueiam sem ordem ou direção.

Pensamentos que flutuam por minha mente e que tão rápido como vem se vão.

Não há como prever o seguinte ou se lembrar daquele que já passou.

Alguns dão inícios a discussões internas, ou a projetos que na maioria das vezes não chegam a sair sequer da minha mente e que se perdem nas brumas da memória.

Outros passam sem sequer deixar pegadas na areia, ou se as deixa a próxima onda já o apagam.

Eles só tomam alguma forma quando penso em escrevê-los. Não quando os escrevo efetivamente, mas quando penso em transformá-los em texto, aí sim me obrigo a criar uma ordem, a dar algum sentido. 

Busco uma conclusão ou algum tipo de fechamento, mesmo que o que ocorra na verdade seja abrir cada vez mais portas, algumas vezes inclusive esquecendo por onde entrei.

Fora isso busco o silêncio.

Recuso memórias e fantasias, desejos e futilidades.

Fora isso busco a mim.




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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Deixe Estar


Deixe estar. Deixa ficar que mudar não é pra já. Vai aos poucos que todos os caminhos levam para o mesmo fim. Pra que correr assim?

E quem disse que você precisa ler tudo o que já foi escrito? E quem foi que disse que você precisa assistir a tudo o que é lançado? E quem foi que mandou você ser tão perfeito? Tão imaculado, tão pronto e arrumado?

A vida passa rápido e não consigo acompanhá-la. Novidades surgem a todo momento. Tento acompanhá-las, tento compreende-las, tento conectá-las a outras que li a pouco, mas como fazê-lo? Preciso trabalhar mais. Preciso estudar mais. Preciso ler, treinar, me aperfeiçoar, preciso ser bom, o melhor, estar acima, preciso de tudo isso e muito mais. Mas não, eu não preciso. Eu tenho! Eu tenho se não o que é que irão pensar? Como irão se lembrar de mim? Do que é que irão me cobrar?

Dormir já não quero, não consigo, não sei. Tudo é muito rápido, uma imagem aparece enquanto outra ainda não sumiu. As palavras me atrapalham, lentas demais, me fazem tropeçar, me confundem e se embaralham, assuntos, lembranças e mais assuntos pipocam enquanto ainda falo sobre algo que... que... que falava há tanto tempo atrás que... que... que já não sei mais do que é que eu falava.

Tão pouco tempo e eu perdendo aqui o meu. Enquanto você fala e palavras entram por meus ouvidos que me levam a outras lembranças, a conta pra pagar, o relatório que ainda não acabei, a prova pra estudar, a nota dela no ENEM, o carro que já não quer pegar, a música que não sei tocar, a comida do gato que esqueci de por e o vaso que permanece sem flor. Tudo isso e eu aqui. Tão pouco tempo e ainda tenho que comer.

De tão cheio que está não deixa mais nada entrar. Fica em seu próprio mundo, girando, girando sem parar.  Não ouve o que digo e nem irá conseguir. Precisa aprender a usar os ouvidos, precisa ouvir o que vem de fora também e não somente a si a se cobrar. E não somente a si a se queixar.

Abra os olhos e veja o que está a sua volta, veja quem ainda está aí. Vá devagar, o importante é não deixar de caminhar, vá e não deixe de sonhar.

Tantas frases, tantas palavras, mas são lentas demais, tudo é muito devagar e eu tenho pressa, quero sair, quero fazer, se não quem é que eu serei? O que é que eu vou conseguir? E... hã? Quem é que eu sou? Agora? Como assim?




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Tempestade










Grito

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Sobre medos



Já poderia ter escrito sobre uma porção de assuntos. Ensaiei escrever sobre relacionamentos, sobre como muitas vezes nos omitimos ao não querer saber como o outro está. Pensei também em escrever sobre a ansiedade e sobre alguns fatos que venho observando na minha prática no consultório. Pensei ainda em escrever sobre a morte, e nas muitas coisas que ela nos faz pensar e sentir. Pensei, pensei e pensei, mas no final acabei por não escrever sobre nada disso. Na verdade não escrevi sobre nada. Então me dei conta que este é um assunto que vale a pena escrever. O porque de ainda não ter escrito nada.

É verdade que tenho trabalhado bastante e por isso tenho pouco tempo para me dedicar a escrever. É bem verdade também, que não sou nenhum especialista em nenhum destes assuntos. Para escrever e trabalhar, conto com minha experiência de vida, os livros, filmes e músicas, que já li, vi e ouvi, e também com as experiências daqueles que estão próximos de mim. Poderia então dizer que não tenho o conhecimento suficiente para escrever sobre nenhum deles. Poderia ainda dizer que, nenhuma destas idéias me interessou de verdade. Poderia utilizar estas e muitas outras desculpas para esconder o que de fato me impediu de escrever até agora, que é o mesmo que me impediu antes, em tantos projetos inacabados. O medo.

O medo de não saber como as pessoas irão avaliar aquilo que escrevo. Medo de estar dizendo um monte de asneiras. Medo por não saber como as pessoas que me conhecem irão reagir a esta minha faceta. Medo de que pessoas que eu nem conheço leiam e me achem um babaca. Medo de que as pessoas que são atendidas por mim me achem prepotente, e por aí vai.

Muito de como nos vemos está ligado ao modo como os outros nos veem, daí o medo de se expor. Neste caso específico o medo de ser julgado, ou avaliado. Medo da rejeição, do fracasso e até da ruptura de uma imagem idealizada que tenho de mim mesmo, ou seja, de descobrir de não ser tão bom quanto imagino que sou. Isso pode não ser muito agradável, mas pode sim me ajudar a melhorar meu modo de escrever, e de pensar. A partir do momento que coloco minhas idéias à prova, estou me abrindo tanto para elogios e uma troca positiva e construtiva de idéias, assim como a críticas maldosas e destrutivas.

O medo nos paralisa e se deixarmos aos poucos vai ocupando todos os momentos de nossa vida, não deixando mais espaço para os nossos sonhos, nossas vontades e por fim nossas necessidades. Impedindo que vivamos uma vida mais satisfatória e plena, onde possamos explorar todo nosso potencial.

Aniquilar totalmente o medo, acredito que não é possível, mas posso sempre combatê-lo. A melhor forma, a meu ver, é uma boa dose de autoestima. Acreditar que o que tenho para dizer pode sim ajudar outros como eu, ignorando assim meu lado mais pessimista. Outro fator importante é a coragem. Muita coragem para encarar e vencer estes medos. Ter um objetivo, ou um sonho, também é importante. É ele que nos dá a direção e força para encarar o que vier pela frente.

O meu objetivo neste momento é escrever algo que as pessoas, conhecidas ou não, possam ler, se identificar e quem sabe até ajudar de alguma forma. Por isso aqui está.



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