terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Tragédias e Pores do Sol





Tragédias como as de Santa Maria, como a noite que insiste em surgir toda vez que o Sol se põe, trazem à tona a velha questão humana de encarar a própria morte.

É inevitável ao ver tantos jovens mortos, não pensar na própria finitude. Independente da religião que se siga, ou da crença que se tenha sobre o que ocorre após a cessação das funções de seu corpo.

A morte nos assombra e pensar sobre ela é, como diz o psiquiatra e autor Irvin D. Yalon, olhar diretamente para o Sol, só conseguimos fazê-lo por um instante antes de desviarmos os olhos para outra direção.

Porém a morte é ainda mais assustadora para aqueles que não vivem de modo satisfatório a própria vida.

E isso nos leva à algumas questões.

O que estamos fazendo com nossas vidas? Onde você tem investido mais tempo? Tem feito coisas que gosta ou somente as que tem que fazer? Tem visto os amigos? Brincado com seus filhos? Que legado, ou exemplo, você está deixando para trás?

Para todos nós que nos últimos dias temos sofrido junto a essas famílias que perderam seus filhos, irmãos e amigos, talvez seja também um momento de olharmos para nós mesmos e pensarmos o que estamos fazendo com nossa vida, que é tão única, quanto frágil e que pode findar quando menos esperamos. 

E citando Yalon termino dizendo “a morte pode nos destruir, mas a consciência dela pode nos salvar”.(De Frente Para o Sol, Irvin D. Yalon)




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