sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Homo Urbanus





O homem de alma vazia
Vagueia por entre o vazio do nada
E a complexidade do todo

Anda sem destino por uma vida sem sentido
O mundo é o que ele vê

Não há significado além do próprio acontecido
Não tem profissão, tem emprego
Não tem sonhos, tem contas
Não viaja, assiste à TV

Sua alegria é a vitória de outros
Sua tristeza nunca o deixa

Vive o mesmo dia todo dia
Fazendo sempre tudo igual

Não gosta do presente e dele se queixa
Mas teme a mudança e dela se esconde

É desgostoso, é amargo, é indeciso,
É fraco, é confuso e é incompreendido

Sobrevive pelo medo que tem da morte
E se vangloria de ser ciente desta

Nasce humano, torna-se máquina e morre entulho

Espécie que está em toda parte nas grandes cidades
Homens que estão á nossa frente e ao nosso lado
Somos nós no dia a dia
Após dia
No mesmo dia





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