sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Persistência

Foto: Luiz Boscardin

O que é a persistência? O que nos leva a persistir por um caminho e não por outro? Até quando devemos persistir em algo?

Pesquisando sobre o assunto na net o que se vê são muitos textos de auto ajuda que dizem de como não devemos desistir de que a persistência é a chave para o sucesso. Além de alguns relatos de pessoas que persistiram em seus sonhos e somente por isso o alcançaram.

Um deles diferenciava entre persistência e teimosia, dizendo ser a teimosia quando a pessoa repete ações, ou atitudes, que levaram a um resultado desagradável, enquanto a pessoa persistente é aquela que percebendo que suas ações não estão gerando o resultado esperado, param, analisam e mudam o que for necessário para que as coisas dêem certo.

Outro dizia que é preciso persistir na persistência, que sempre haverão obstáculos e que aqueles que persistem frente as dificuldades, são aquelas que alcançam seus sonhos.

O que me achou a atenção na verdade foi a dificuldade de encontrar textos que falem sobre o momento da escolha entre persistir e desistir. Momentos em que estamos em dúvida se todo o esforço vale a pena. Quando as coisas ficam confusas e valores se confundem. O que importa mais perseguir um sonho, aparentemente tão distante, ou buscar algo que lhe dê estabilidade financeira? Sonhos ou dinheiro? O que importa é o processo que se faz durante essa caminhada, ou são os resultados alcançados a cada passo? E quanto ao medo de fazer um escolha errada, de passar o resto da vida correndo atrás do prejuízo, ou pior, arrependido das decisões tomadas?

O único texto que encontrei que me deu algumas respostas (reproduzido logo abaixo), pelo menos da forma como o compreendi, coloca a persistência como o momento em que nos olhamos no espelho, são momentos em que nos aproximamos mais de nós mesmos e que nos causam dúvida e angústia e que nos fazem querer recuar e ter medo, por mais incompreensível que isso possa parecer num primeiro momento. São nestes momentos que devemos persistir. Para alcançarmos nossos sonhos, e em última análise, quem somos na verdade.

Não posso dizer que sim devemos persistir e que as coisas sempre dão certo no final, pelo menos não por experiência própria, continuo a trilhar meu próprio caminho rumo aos meus sonhos. As dificuldades são inúmeras e o desejo de desistir por vezes toma conta e é só a idéia de viver uma vida distante daquilo que sinto ser a minha vocação, a minha função dentro desta enorme comunidade humana, que me faz continuar. E assim continuarei, porque ainda acredito que o que importa, não é somente o resultado imediato, mas o caminho que percorremos nessa jornada.

E aí não sou eu, mas Charles Chaplin quem diz “A persistência é o caminho do êxito.” Então vamos nessa.

Há um segredo para a persistência? Por que nos debatemos em certos momentos da vida e em outros tudo passa? Auto-engano? Quando estamos próximos de nossa própria compreensão é o pior momento, porque não admitiremos errar e não iremos querer voltar mais os nossos olhos para trás, muito menos, para dentro de nós mesmo. A vida poderia ser encarada como a soma de momentos e pessoas as quais nos tornem cada vez mais próximos de nossa própria compreensão. Devemos amar e respeitar tudo que desperta nossos processos internos de criatividade e de pensamento. A imaginação pode ser extrapolada para todas as circunstâncias de nossa vida. Há sabedoria latente nesse planeta desde o momento que acordamos até o momento da morte. A persistência poderia ser caracterizada pelo susto da alma, todas as vezes que é obrigada a olhar-se no espelho.
Augusto Vicente



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3 comentários:

  1. Não há como desistir de algo que nos faz feliz. Por exemplo, o "sonho" de cada um é a única razão de existir. Persistir ou desistir está fora de cogitação. Viver é a resposta.
    Because nothing else matters.

    P.S.: A única coisa a se ter medo é o próprio medo.

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  2. Realmente, como disse Don Genaro, o que importa é o caminho, porque a viagem não acaba nunca...

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  3. Só li o texto hj, dia 02 de janeiro, 18h. Acho que não poderia haver dia melhor pra pensar em persistir ou desistir. Parece que no fim é aquele velho e doloroso conflito entre os nossos sonhos e desejos, e a realidade fria e simples. Eu quero fazer isto, mas o mundo diz que não, eu quero ser aquilo, mas tudo me empurra pra outra coisa... Mas o que me peguei pensando, foi que, antes de mais nada, é um conflito com nosso proprio eu, "de mim comigo", porque nosso principal inimigo somos nós mesmos,já que deste não conseguimos nos livrar nunca! Então, é o nosso medo, a nossa angustia e (que ironia!) por vezes até mesmo nossos proprios sonhos que nos atrapalham. A verdade é que, no meio do caminho temos que abrir mão de muitos, muitos sonhos para que alguns deles possam ter lugar na nossa realidade. Acho que vc entende exatamente o que quero dizer! No fim, parece uma questão de escolha e, talvez, um pouco de sorte, por que não...

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